quinta-feira, 13 de novembro de 2008

Mais um dia pró torto

Woody Allen disse uma vez...: "Não sei se há vida depois da morte, mas sei uma coisa: há morte depois da vida."

Isto resume uma questão: mesmo que não goste da vida que tenho, o que se lhe segue não abre muitas perspectivas. Admiro as pessoas que antevêem a morte com a mesma gula que uma viagem às Caraíbas (se existem), mas afinal não me conto entre elas. Erro meu? Não faço ideia. Posso culpar os meus pais por não me terem incutido uma crença qualquer a roçar o fanatismo, pois os fanáticos de todo o tipo parecem ser bastante felizes. Pelo menos sorriem muito. E nisso estamos de acordo: eu também acho que sorrir é bom, mas por vezes não sorrio porque tenho Deus, razão ou verdade do meu lado. Sorrio quando compreendo, sorrio quando não compreendo mas gostei.
O falhanço de hoje é amanhã, uma bela história para contar. Perder um autocarro pode não ser culpa minha mas do autocarro. Perder um objecto pode ser culpa do mesmo e não minha. Mas perder a memória, noção de realidade e capacidade de rir de mim mesmo, isso aí já é da minha responsabilidade.
Os 10 mandamentos da Bíblia não se adequam muito aos tempos modernos, mas a maior parte deles são bonitos. Toda a sua tónica centra-se no eu, não no tu ou no eles. "Eu" é que sou o responsável pelo que faço com a minha vida. Não o mundo, ou os outros. A vida é injusta? Claro que é injusta! Mas é absurdo dizer "Que mal fiz eu para merecer isto?". A menos que achemos que as crianças que nascem seropositivas fizeram algo para merecer aquilo... Haja, senão amor, pelo menos respeito pelo próximo. Respeito, senhores. E lembrem-se...o riso não é inimigo do respeito, mas é-o do respeitinho.
Ser amado pelo próximo? Era bom, mas nem sempre conseguimos isso. A questão é: O mérito do amor está no amador? Não, mas sim na cousa amada.

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