Em Portugal há uma desconfiança enraizada em relação à escola, à aprendizagem e ao saber "livresco". O adjectivo "livresco" já denuncia este preconceito - como se aprender pelos livros fosse algo pitoresco, patusco, menor. Trata-se de uma desconfiança camponesa por tudo o que é saber teórico, saber que não seja "de experiência feito".
Um curso "superior" é assim designado porque vem a seguir "secundário"... E este mesmo tem esse nome porque é a seguir ao "primário"? Não! (Eu amo Portugal).
As palavras nunca são inocentes, se há coisa que aprendi no "secundário" foi que as palavras dizem sempre mais do que aquilo que dizem.
Tomara nós termos tantos médicos como pessoas são chamadas de doutor que, aliás, socialmente, mais do que a ver com a substância, resulta de efeitos externos como a gravata, a marca dos sapatos, o vinco das calças e a dignidade do porte.
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